sábado, 28 de fevereiro de 2009

Chegando a algum lugar [estranho]

O passeio escolar deveria ser o evento mais interessante que tivera em muitas semanas. Contudo, Paula estava entediada em seu banco dentro do ônibus. O dia estava nublado, o que prejudicaria bastante a diversão no parque das águas. O seu melhor amigo, Juliano, tentou algumas vezes animá-la de que o sol poderia sair detrás das nuvens durante a próxima hora do trajeto, mas nem essa perspectiva melhorou seu humor.
Olhando pela janela um arco-íris incompleto surgiu quando passavam pela ponte acima do vale. Os colegas, gritando e cacarejando ao seu redor não pareceram ter prestado atenção no detalhe da paisagem um minuto sequer. Era tão bonito mas encheu seu coração de tristeza que nem mesmo Juliano, agora divertindo-se com um mini-game, contemplou a aparição.
Então, enquanto Paula pensava que o descuido das pessoas com relação as belezas da natureza não tinha conserto, do alto do arco-íris um ponto luminoso explodiu em centelhas brilhantes. Do meio das fagulhas uma fada escorregou pelo arco-íris até sumir onde a imagem colorida ia se desfazendo.
O arco-íris caía sobre o parque das águas, pudera ver assim que viraram uma curva. Ao visualizar o destino do passeio os colegas quase viraram o ônibus de tanta algazarra.
Paula, de olhos arregalados, olhou ao redor para saber se mais alguém também vira o estranho acontecimento.
- Juliano, você viu aquela coisa em cima do arco-íris?...
- Por Deus, Paula! A bateria do jogo acabou bem na hora que aquela coisa apareceu! Não acreditei quando vi, achei que ainda estava jogando!
- O que será que era?, perguntou olhando pela janela novamente.
- Era o Mario!, Juliano apontou o mini game desligado para a amiga.
- Claro que não era um boneco gordo de video-game, Juliano! Eu vi uma fada.
Paula olhou com receio o interior do ônibus, mas ninguém, além de Juliano, parecia ter ouvido a declaração. Ainda bem, senão pensariam que estava doida ou coisa assim.
[...]